Pode fazer parte dos temas de novelas e filmes, mas os namoros que acontecem nas salas de aulas de faculdade não são tão idealizados nem dramáticos como eles mostram. Não é tão difícil como alguém pode imaginar, mas também não é fácil, isso requer um pouco de esforço das duas pessoas.
Com Rafael e Paola foi aos poucos. “Rolou num churrasco da sala no fim do semestre, então todo mundo viu”, disse Rafael ao questioná-lo se eles tentaram esconder. Nas férias continuaram juntos, mas não era um namoro oficial. “O rótulo namoro mesmo só aconteceu depois de dois meses”, se viam todos os dias, eram amigos “já estávamos praticamente namorando”, completa.
Para Rafael, é importante saber separar as coisas, “trabalho é trabalho e namoro é namoro”, aconselha. Eles já eram do mesmo grupo de amigos e faziam trabalhos juntos, nada mudou. No começo os dois se estressavam com algo da faculdade e descontavam na pessoa mais próxima. A solução veio depois de uma conversa “resolvemos separar bem as coisas para não prejudicar o relacionamento” disse Rafa, o namoro já dura quase 2 anos.
Paola Verrastro e Léo não estão mais juntos, mas eles estão na mesma classe, namoraram durante um ano e continuam amigos. Começaram apenas ficando em um churrasco num sítio, só depois de um ano começaram a namorar. Curtiam o tempo que tinham: “a gente tentava ficar junto no minúsculo intervalo entre as aulas porque fora isso não tinha muito tempo” reclama Paola. Para ela, estar na mesma classe não influenciou o término do namoro.
Um ponto positivo muito acentuado é que estar todo dia com quem se gosta é muito bom. Além de rolar menos desconfiança entre os amigos da faculdade, o que é um problema quando um não conhece os amigos do outro. “E tem estímulo pra ir à aula, já deixei de faltar várias vezes só para não deixar de vê-lo”, diz Paola Verrastro.
O ponto negativo que a ex-namorada de Léo percebeu é que a outra pessoa pode ficar acomodada por estar todos os dias junto, então não se esforça para o final de semana. Também não dá para perder aula sempre que o clima do casal não está dos melhores, “quando acontece chego e fico na minha, mas é raro” diz Rafael.
É bom estar com alguém que gosta da mesma coisa que você, os dois empenhados nas matérias, um ajuda o outro. “Acho que ajuda muito, temos mais tempo pra discutir assunto de nossos interesses e aperfeiçoar nossos trabalhos” disse Rafael, então o empenho acadêmico depende de cada casal, só não vale gastar o tempo que tem para namorar para estudar e fazer trabalhos e vice versa.