Quase chegando na estação de metrô combinada subiu um nervoso, fiquei tremendo, com uma falta de ar repentina. “Vou entrevistar a Believe, cara” falei pro meu amigo Isaque Criscuolo, que mesmo tentando, não conseguiu me acalmar. Fiquei assim porque iria encontrar seis músicos de categoria, aqueles que a gente se orgulha quando fala que é fã. Eles têm qualidade e boas influências musicais, cada um toca vários instrumentos e estão sempre tentando melhorar. A Believe não é apenas mais uma banda de garagem. Os meninos trabalham muito e já estão ganhando cada vez mais espaço e fãs. Pra você ter ideia, a banda já tem até um fã clube oficializado em Portugal. Mesmo com tudo isso, o nervosismo não durou, não. Foi ver o Fabinho que fiquei calma, não tinha como não ficar com tanta simpatia.


Seguimos para o estúdio onde foi a entrevista. O dia estava meio doido: chovia, fazia sol, depois as nuvens vinham... tinha chovido bastante e mesmo assim Dron, Fabinho, Abner, Vini, Helinho e Fê estavam lá, me proporcionando uma das tardes mais agradáveis que já tive.


Fê, 21, toca baixo, mas só a paritr da Believe, antes tocava bateria e já fazia parte da equipe. Pedia o baixo por curiosidade, para aprender e quando recebeu o convite pra entrar na banda, aprendeu todas as músicas em uma semana pra poder ensaiar. Helinho, 18, é do synth (saiba o que é), mas também só a partir dessa banda, Abner explica: “Ele sempre foi baixista na vida dele. Ele toca baixo, guitarra, bateria... Estávamos com a necessidade de alguém pra tocar o synth ao vivo, mas ele não sabia tocar. Pedimos pra ele comprar o instrumento, aprender e começar a tocar, foi assim que ele entrou na banda”.


Vini, 19, toca guitarra e também canta, começou a tocar aos 14 anos, “meio tarde” como ele disse. Abner, 26, toca bateria desde 15 anos e fez só três meses de aula, aprendeu a ler partitura e depois disso foi aprendendo sozinho.


Fabinho, 23, toca guitarra. Ele começou com 18 anos e aprendeu sozinho. “Sozinho, na raça, procurando me informar”, ele diz.  Dron, 24, é o vocalista da banda e começou aos 17, ele tocava guitarra e cantava, mas depois focou mais na voz, nunca fez aula de nada.


Quando perguntei quem era o mais falante, estava esperando que a resposta fosse o Dron ou o Fabinho – que falaram mais na entrevista inteira -, mas ficaram na dúvida e elegeram o Fê, que quando começa a falar não pára mais. “A gente faz contagem regressiva, quando chega no zero, a gente dá vários tampões nele” diz Fabinho. Em contrapartida, não tive nenhuma dúvida que o mais quieto é o Helinho, e todo mundo concordou. “Sou meio tímido, às vezes”, ele diz. Mas tem dia ou quando ele tá bravo que não pára de falar.


Se você gosta de música boa, gente competente e atenciosa, a Banda Believe é uma boa sugestão pra colocar no seu iPod. Depois que decidiram que essa formação seria eterna, os caras abandonaram tudo pra ficar com esse projeto. E pelo o que parece, eles estão alcançando os objetivos. 
Em uma tarde inteira de conversa – formais e informais – descobri várias coisas sobre a Believe. Leia nos próximos posts o que eles pensam sobre o Jim Carrey, doce de leite no feijão da mãe, humildade e muito mais. Descobri um vício do Dron que ERA segredo, que o Abner tem um amigo imaginário e muita – MUITA – dedicação e profissionalismo.


 Confira no post abaixo a matéria feita no encontro de fãs no MASP.




Banda Believe no Myspace