Eu realmente estou tentando. Tentando muito! Tentando não deixar que a tristeza e a baixa auto-estima tomem conta de mim.

Não tenho certeza se auto-estima é algo conquistável, talvez seja coisa de momento… Às vezes acordamos com o pé esquerdo e tudo está ruim: cabelo, rosto, gordurinhas localizadas…

Pra mim, sempre parece uma bola de neve: eu não me amo, não me amam, eu me amo menos, as pessoas me amam menos. Ok, vamos manter a palavra “amar”, mas com o sentido de “desejar”, porque é nesse sentido (desejar), mas quero usar essa palavra (amar).

É muito difícil me sentir bem comigo mesma, quando eu me sinto tento aproveitar, mas sempre estou procurando o motivo de, quando não estou, não estar bem comigo mesma e não gosto da ideia de que só consigo ficar bem se alguém disser isso pra mim.

No desespero corro pra algumas pessoas procurando ajuda. Tudo que escuto levo muito em consideração, mesmo tento coisa que não consigo entender (não que eu não queira)… Não entendo a minha mãe, por exemplo, que sempre me diz que talvez o que falta em mim é uma “religiosidade”. Se religiosidade é cultural e não fisiológica, como pode me fazer tão mal fisicamente?

Eu sei que a alma também precisa ser alimentada, mas eu alimento ela como eu posso, muito bem, obrigada. Se meu problema é auto-estima mesmo e se isso se resolve com um elogio alheio, vocês acham mesmo que tenho que colocar Deus nisso e dizer que isso é obra Dele?

Acho que minha angustia toda se resume a não me amar suficientemente pra viver feliz só comigo. Queria ser auto-suficiente e que ‘os outros’ fossem só um detalhe (sem desfazer de ninguém, pelo amor…).

Quando eu conseguir isso vou encontrar outra coisa que me angustie porque nunca paramos de reclamar… Isso é viver e nunca paramos de viver até que paremos definitivamente.