Tem um espaço, quase um andar inteiro, dedicado à parte científica dos Estados Unidos: biologia, tecnologia, geografia, energia atômica, química em geral… Não é algo que eu entendo muito, mas foi interessante estar lá.
Eles levam super a sério esse lance todo de guerra, até porque os Estados Unidos estão em guerra contra o Iraque, não tem como não levar a sério. A seção das guerras é dividia por subseções – Guerra Civil, 1ª Guerra Mundial, 2ª Guerra Mundial, Guerra Fria, Guerra do Golfo etc. Tinha uns painéis expostos que encorajavam as pessoas em relação às guerras, as chamando pro exército, mas eu não vi a do Tio Sam, hehe. Encontrei perdido, nessa seção também, uma televisão exibindo a Disney falando sobre a economia: “com meus impostos, seus impostos, nossos impostos, as indústrias vão em frente”, eles têm partes em pé do Muro de Berlim de verdade, helicópiteros com estátuas em tamanho real de soldados e no finalzinho, a guerra do Vietnã, sendo transmitidas “ao vivo” em televisões antigas no museu.
O Museu da História Americana
Nos Estados Unidos antes da Revolução Industrial existia uma classe de trabalhadores que atuava na rua, como ambulante. O país teve também escravos até 1865, até a Guerra Civil, entre o norte e o sul do país, o primeiro queria que liberdade para os escravos e o último não queria. O norte conseguiu seu objetivo e escravos foram libertados.
O país de Barack Obama foi construído pelos negros enquanto os brancos só ficavam sentados contando o dinheiro, ruim pra sociedade, mas bom para economia. Assim como no Brasil, os negros depois de livres, sofreram muito preconceito, e até hoje sofrem, mas eram eles que sabiam fazer realmente acontecer, fazer o trabalho duro.
Minha professora de inglês nos levou para o National Museum of American History (Museu Nacional da História Americana), onde eu aprendi um pouco disso que acabei de contar. Um museu de entrada franca, financiado pelo governo, com seções variadas: cultura popular, como cinema, televisão e música; uma seção destinada aos presidentes e outra para as primeiras damas; sobre tudo de tecnologia; uma bem grande sobre todas as guerras etc.
Na parte da cultura popular havia verdadeiros tesouros da história, como o sapato de Dorothy, do musical O Mágico de Oz; a roupa do personagem Rafik, macaco padrinho do Simba, no musical O Rei Leão; desenhos originais do Looney Tunes e logo na entrada, esse Dumbo bem grande da foto ao lado.
Como uma boa estudante de jornalismo, tudo o que tinha a ver com jornais, imprensa e jornalistas chamava minha atenção. A imprensa americana é considerada a melhor do mundo, mas sobre isso vou escrever quando eu for no Newseum, um museu dedicado a essa minha paixão! Em um momento vi crianças mal educadas, batendo nos vidros e nas paredes e gritando, fiquei pensando o que eu faria se fosse meu filho fazendo isso em um museu, quando eu ouço um grupo de crianças gritando: “Olha, é o George Washington!” e correndo até a foto do primeiro presidente do país. Fiquei impressionada, eu duvido que se os brasileiros vissem a imagem de Deodoro da Fonseca ou, que seja, Fernando Henrique Cardoso, os reconhecessem, algo que realmente parei para pensar em relação à má-educação.
A parte que eu mais gostei foi a das guerras, tanta coisa pra dizer, tantas histórias pra contar e emoções pra sentir. Eu sei que tudo pode ser encontrado na internet, hoje em dia, mas eles têm todo um clima construído, música, luz, temperatura… Vale à pena ir até lá, ou em qualquer museu interessante. Eu não conseguiria aprender sobre toda a história dos Estados Unidos da América em um dia, em um passeio e em uma lida em cada explicação, mesmo que eu tivesse lido tudo (por estar em grupo, não pude ler muita coisa, para acompanhar o ritmo dos outros), mas é fantástico associar os conhecimentos prévios com as informações do museu e com certeza depois de ir a um museu, associamos novas descobertas que têm conexão.