Os benefícios e malefícios das novas leis do estágio.
Todo jovem tem que começar de alguma maneira. Alguns esperam conseguir o primeiro trabalho quando entram na faculdade. Eles começam a procurar por estágios, mas não é raro se preocuparem com a maneira que a função é vista: mão de obra barata e funções sem importância. “… O que não é verdade. Basta a empresa ou local que contrata dar oportunidades para o estagiário mostrar o seu potencial.” Maria Fernanda Cortez, é estudante de nutrição.
Para quem não valorizava o estágio, saiba que algumas regras mudaram. Os estagiários que trabalhavam até oito horas, poderão contar com algumas horas a mais de descanso: a carga horária agora é limitada a seis horas diárias. O estudante terá mais tempo para outras atividades e tarefas, melhorando o desempenho em tudo.
Os estagiários gostam e os empresários não muito. “… O estágio perderá a fama de ser um trabalho qualquer.” Alegra-se Maria Fernanda que aprova a mudança. Já Lindaura Santos, proprietária e diretora de uma escola infantil, não gostou das mudanças. “O pior são as férias das estagiárias junto com as professoras formadas.” A empresária colocou na balança e preferiu não contratá-las mais, no lugar, colocará auxiliares já formadas.
Essa mudança que é motivo da preocupação de Lindaura faz agora os estagiários tirarem trinta dias a cada doze meses de trabalho. Para quem ficar menos de um ano no emprego, deverá receber férias proporcionais. A duração máxima que poderá ter um estágio é de 24 meses. Vale lembrar que algumas empresas investem na contratação definitiva quando se completa esse período. “Costumávamos pegar estagiárias e treiná-las da nossa maneira para depois que ela se formasse, a gente poderia contratá-las, mas agora ficará mais difícil.” Reclama Lindaura.
Os estudantes não ficam com tanto medo porque ainda há vantagens para empresa contratá-los. “O estagiário continua sendo uma mão de obra barata.” Comenta Allan, estudante de arquitetura. A medida está em vigor desde outubro do ano passado para incentivar a função educativa do estágio. A empresária Lindaura Santos opina sobre a motivação dessa lei. “A minha impressão é que os sindicatos querem tirar a classe dos estagiários para todos serem sindicalistas.”