Hoje eu vou escrever alguma coisa diferente do que eu escrevo normalmente, eu estou com medo com esse negócio da Capricho, por que eu não tenho facilidade de escrever quando eu TENHO que escrever, mas eu vou escrever o que me vier na cabeça, e agora eu estou ouvindo uma música da Christina Aguilera e Rick Martin, Nobody Wants To Be Lonely e eu estive pensando, é... Ninguém quer ficar sozinho, mas ditados são quase sempre certos: "antes só do que mal acompanhado".
Eu decidi que eu quero me casar com meu melhor amigo. Eu quero chegar em casa, quando eu casar, esperar meu marido pra podermos conversar sobre qualquer coisa, sentar na frente da televisão e assistir Gilmore Girls, quero que quando eu tiver uma TPM das fortes, ele está lá pra me fazer dormir e dizer que me ama do jeito que eu sou, eu quero aquela pessoa que tenha quantos amigos quiser ter, mas que eu vou sempre estar em primeiro lugar.
É, acabei de descobrir o meu problema, acho que eu gosto de exclusividade.
Acho que eu preciso sofrer de amor mais uma vez, por que eu já me esqueci como é, afinal de contas, anos sem sentir o que eu senti daquela vez, com treze anos...
Eu vim aqui falar que eu não quero ficar sozinha, como TODO MUNDO, como diz a música do Rick Martin e da Christina Aguilera. Já venho estudando sobre formas de amor faz algum tempo. Há 18 anos e meio, conheci o amor mais preciso que alguém pode sentir, o meu primeiro amor, meu pai.
"Saber amar, é saber deixar alguém te amar" Há mais ou menos sete meses, conheci um amor diferente, "we should be lovers", que passou, por que... por que eu conheci um amor de amigo, que eu pensei que não era de amigo, e hoje é um amigo, mais do que especial, um irmão, aquele irmão, mas por que lá DIABOS eu fui confundir com amor amor? Como disperdiçar um amigo que vem na sua casa por que eu mando uma mensagem pra ele "eu preciso tanto de você" e ele diz logo depois: "Estou indo praí, primeiro, por que você precisa de mim!"
Então eu conheci uma pessoa diferente, leia-se pessoa mais estranha do que confundir amor de irmão com amor amor, e eu realmente sinto amor por ele, mas de NOVO, não é amor amor. É amor de amigo, amor de irmão. E eu vou sempre, SEMPRE ser a amiga Gabi dele. Seremos sempre assim, amigos.
Eu já conheci, um amor que é mais ou menos eterno, que todo 31 de março eu posto alguma coisa do tipo: hoje faz X anos que eu fiquei com o amor da minha vida, leia-se meu primeiro amor, por que o da minha vida eu ainda não conheci e/ou são esses amigos/irmãos.
Desse amor, o que eu guardo são muitas cartas que eu escrevi e não mandei, algumas fotos, repetidas de tamanhos diferentes, impressas de uma forma que não dá pra enxergar, um bonequinho do Vagabundo (de A Dama e o Vagabundo), conversar pelo ICQ (bom e velho ICQ), e uma certeza: um dia, tudo isso vai embora, mas ainda não chegou o momento.
De mais recentes amores eu guardo só a certeza de que nenhum foi tão intenso quanto o primeiro e cada um que passa, a dúvida se eu amarei de novo com a mesma força que eu amei na primeira vez.
Mas voltando ao tipos de amores, estava falando só das pessoas do sexo oposto.
Tem o amor que foi primeiro, antes do meu pai, o da minha mãe, que há mais de 20 anos sonha comigo (por eu ser gêmea, ela sempre quis um casal de gêmeos) e há 19 anos me sentia e me dava o maior amor de todos.
Eu tenho uma amiga, ela me ama incondicionalmente, e eu a amo pra todo o sempre em nossas vidas, e isso foi marcado com uma viagem, a melhor viagem, para o Rio Grande do Sul. E a gente se ama, sem medo, entende? A gente se entende, a gente se completa, a gente já não consegue viver sem uma e outra.
E preciso falar de outras amigas? Acho que o exemplo dessa já é o suficiente.
Se ninguém quer ficar sozinho, nesse mundo, contradizendo todos os meus sentimentos nesse momento de carência e vontade eterna e súbita de ter um namorado, eu... não estou sozinha. então qual é o meu problema?
Ah, já sei, é exclusividade, sabe.
Ter amigos, é bom demais, é necessário para minha vida mas...
Eu SEI que meus amigos tem as amigas deles, as vezes mais amigas do que eu sou deles, e eu não sou DELES, sou... de todo mundo... ou de ninguém, então contradizendo a regra que eu acabei de quebrar sobre não estar sozinha: Cadê a minha alma gêmea?
Aquele meu melhor amigo pra eu me casar com ele? Sentar no sofá coladinha nele pra assistir Gilmore Girls, ser só dele, e ele só meu?
É... Não preciso casar com ele agora, entende? Não quero casar agora, mas sim, eu quero sentar coladinha com alguém pra assistir Gilmore Girls (ou The Simpsons - que eu odeio, por acaso-), não importa, eu quero alguém pra chamar de meu, entende?