“Quatro piratas ou um original?”, aposto que todos já pensaram nisso. Vamos aos fatos: hoje em dia o mercado de CD e DVD originais vêm diminuindo, pois a facilidade que a rede de internet nos dá é praticamente infinita. Procure qualquer coisa no Google, me disseram uma vez, se ele não encontrar é por que não existe. E com músicas, filmes e seriados não seria diferente. É claro que informação é uma coisa e conteúdos completos são duas coisas diferentes, mas como disponibilizá-los na rede tem o mesmo principio básico e privacidade. No Brasil, onde é feito 5% dos downloads fora da lei do mundo, 20 cidadãos foram os primeiros a ser processados, em 2006, por baixar conteúdo sem pagar pelos direitos autorais. Até esse ano, milhões a mais. Vira-e-mexe eu fico me perguntando por que eu pagaria R$2,50 por uma música se posso baixá-la de graça? Por que compraria um CD com 15 faixas se só vou escutar duas ou três? Mas também penso no fato de estar cometendo uma injustiça, não pagando pelos direitos. Mas penso também que se, eu ouvir uma música, duas, três de um mesmo cantor e gostar, vou querer ir aos shows, vou chamar meus amigos para irem comigo, vou comprar produtos dele, e de repente até o CD original, pois nada supera a beleza de um CD original e seu encarte. Dor de cabeça com a diminuição de vendas dos originais, a teórica desvalorização dos artistas, o aumento de artistas alternativos e/ou independentes, o que não é bom para a gravadora e nem para os artistas. Tudo isso é ruim, sim. Entretanto, nem tudo está perdido. A solução deveria ser mais shows, mais eventos divulgando os artistas, mais festivais. Assim, as pessoas que não vão deixar de baixar as músicas deles na rede, mas vão apreciar os eventos e assim as bandas garantem seus sustentos, e tudo poderia ser feito pelas próprias gravadoras. O mundo está seguindo o fluxo, os donos de empresas não podem querer que tudo continue a mesma coisa que era antes, é o que as pilhas alcalinas normais estão fazendo: lançando recarregáveis, ou que duram 200 fotos… Não adianta proibir nada na internet, até por que se deixarem off-line algum programa ou site hoje amanhã terá outras fontes.