De fato, há uma explicação sociológica* para alguns homens gostarem tanto de jogos de guerra. É o mesmo motivo que faz as mulheres também que gostarem.

Por muitos séculos os homens tinham a função de prover e proteger, e guerras reais acabaram sendo necessárias para isso. O tempo passou e as mulheres lutam para que acabe esse negócio de gênero, lutam para que todas as pessoas tenham as funções que quiserem na sociedade. Não mais essa de nasceu homem tem uma função XY, nasceu mulher tem função XX. Todo mundo cuida da casa, todo mundo trabalha pra trazer recursos, todo mundo cuida dos filhos. Claro que, por uma questão biológica, algumas pessoas acabam engravidando e amamentando, outras não. O bebê é gerado em uma barriga apenas (por enquanto, né), e isso aparentemente não se pode mudar.

Em regra, a pessoa que gera, amamenta. Mas é praticamente a única coisa que apenas uma pessoa pode fazer. De resto, todo mundo pode. E temos lutado por essa consciência.

Portanto, está explicado porque alguns homens, pais de família, ainda gostam tanto de jogos de guerra.

Imagina um casal heterossexual, com uma criança pequena, que ainda mama no peito. Em casa, existem roupas e louça pra lavar, neném pra trocar, pra dar banho, pra entreter, pra cuidar, casa pra varrer, uma pessoa exclusivamente pra dar de mamar no peito e, claro, uma guerra (no vídeo game) para se ganhar.

Se o cara do exemplo não ganhar essa guerra virtual, como ele vai se sentir cumprindo sua função?

A explicação está exatamente aí, nos resquícios dos nossos antepassados é praticamente não podemos mudar.

Essa explicação também é válida para brigas, competição no trabalho, batalhas de sangue (rimas), esportes.

O homem não se sente completo sem a competição. Não é que ele não queira lavar a roupa do bebê, ou que ele não tenha tempo, é que primeiro é preciso ganhar uma grande guerra e em seguida dar uma dormidinha pra descansar, claro.

Além disso, cuivar da casa é função da mulher**.

Pensando bem, posso me Jogar em The Sims pra cumprir minha função?!

*To zuando, não é uma explicação sociológica, mas poderia ser!

** contém altas doses de ironia e indignação