Quando eu conheci a ONG Um Teto Para Meu País, não tinha nem idéia do que esperar. Uma ONG de jovens universitários, como eu, que constrói casas de emergência e denunciam a cruel realidade de pessoas que vivem abaixo do nível de pobreza, era o que eu sabia.
Fui para minha primeira construção sozinha, conhecendo, de vista, meia dúzia de pessoas que interagi em outros eventos do Teto. Não importava, eu estava fazendo o que meu coração mandava.
Passou a primeira, foi a melhor sensação possível. A equipe da logística, da qual eu fazia parte, ficou bem unida. Pouco conheci as famílias, mas eu sabia que meu esforço tinha valido a pena.
Um mês depois rolou a segunda, foi minha primeira, de fato, construção. Foi difícil, choveu, fez frio, ajudei uma equipe que ainda estava nos pilotis e no barro as 20h do sábado.
Mesmo com toda a dificuldade, CEM casas foram construídas naquela ocasião. Mais do que isso, CEM famílias não dormiriam mais no frio, na chuva, com animais perigosos e nojentos entrando em casa.
Depois veio setembro I e logo chega setembro II e a cada construção fico com vontade construir de novo. Não estou copiando nem citando ninguém, é que realmente a sensação é essa, para a maioria das pessoas: o dever cumprido, a felicidade das famílias que merecem e trabalharam para conseguir essa oportunidade, vale MUITO a pena.
Acho que o voluntário ganha tanto quanto a família. Ou mais... Você não consegue sair de lá e continuar pensando igual quando entrou, seja lá o que pensava antes. Você entra de um jeito, e sai de outro, mesmo que seja difícil de perceber.
O Teto não soluciona o problema da família, mas melhora sua auto-estima, faz com que eles se sintam lembrados e amados novamente, traz a sensação de viverem com mais dignidade, sem medo de perder o barraco por qualquer chuva e ventania.
A verdade é que o Teto sobe mais do que uma casa para algumas famílias, ele nos traz a esperança que falta em nosso País.
Para saber mais:
www.umtetoparameupais.org.br





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