Essa semana estreiou o trailer de um filme da Disney com produção brasileira. Isso me fez pensar. Tá parecendo que vai ser a mesma história do filme americano, mas em versão verde-amarel: trocarão basketball por futebol. Será que vai ser só isso que vai mudar?

E eu tenho minhas dúvidas no objetivo de fazer uma produção brasileira. Será que vai mostrar nossa cultura? E não estou falando do nome do time chamar ‘Lobos Guará’! Eu espero que coloquem muito Brasil nessas produções, afinal, a cultura americana não é melhor que a nossa e se for pra deixar os costumes de lá, uma pergunta: Porque esse trabalho?

Os filmes e séries americanas mostram que a forma de se relacionar amorosamente é diferente da forma daqui. Em outros países as pessoas parecem só beijar quando estão emocionalmente envolvidos e parece ser um grande evento. Já aqui no Brasil está bastante banalizado, pode ser que não seja todo mundo que faça isso (o que é bom), mas por aqui parece que beijar na boca, quando você não é BV, não é lá grande coisa!

Eu sei que no Brasil existe tanto preconceito, influência de amigos e da família quanto nos outros lugares do mundo, mas me parece que nós nos preocupamos menos com o que os outros pensam, aparência e nos divertimos bem mais! Não é muito legal isso? A gente é diferente, nosso jeito de se divertir também.

Nunca vi numa novela ou seriado para crianças e adolescentes uma Festa do Farol (verde: pode chegar beijando; amarelo: vou pensar antes de aceitar; vermelho: nem precisa chegar porque não vai rolar). Vocês já? Já viram, na tv ou filme, meninos fazendo competição de quem beija mais menina numa festa? Não! Eu sei que isso soa mau, mas NÃO é! Não no ponto de vista que os brasileiros acabam se divertindo muito mais. É a forma que nos divertimos porque a gente não tem “princesa” nem “baile de primavera”!

Acho que ninguém vai convidar ninguém pra um ‘date’ só por que nas séries isso ocorre, acho que influencia de uma forma mais geral. Acho que as pessoas acabam pensando que falando em inglês ou agindo como um americano eles são mais ‘cool’. Não é mais romântico dizer “i love you” do que “eu te amo”, não é mais romântico dizer “estamos saindo” do que “estamos ficando”, isso depende da intensão que cada um tem ao dizer isso.

Eu só acho esquisito a galera ter seus valores influenciados por esses filmes e programas porque nossa cultura, seja ela louca ou não, é legal demais de qualquer jeito. Nossa cultura é uma mistura de tendências e isso que faz sermos quem nós somos. Eu tenho uma proposta: deveríamos ver como agimos quando estamos sendo nós mesmo (na escola/faculdade, em balada/barzinho, no shopping, e seja mais onde formos) e perceber que essa é a cultura dos jovens brasileiros de hoje, é o que temos e o que nos faz sermos felizes!





Posso contar como era minha época de escola, na adolescência e citar alguns motivos pra pensar que somos totalmente diferentes dos outros países?

  • Zoação com outros grupos sempre teve, mas sempre foi por motivos aleatórios e não só um motivo, mas mesmo assim, o pessoal da classe se conhece, mesmo se não se gostarem;
  • Pessoas de séries diferentes podiam ser amigos e frequentar festas, mas é claro que pirralhos sempre vão ser pirralhos e a galera do colegial era a galera do colegial;
  • A educação física não era bem vista pelos menos esportivos e era amada pelos esportistas, que juntavam nos intervalos pra jogar o esporte (normalmente futebol e vôlei);
  • O pessoal juntava um time de esporte e jogavam, até que o resto ia ver os jogos, mas era difícil uma adoração pelas escolas ou pelos times, era mais a torcida pelos amigos e uma forma de juntar os amigos e azarar;
  • Beijar na boca foi tabu até a gente dar o primeiro beijo, mas depois de certa idade, as pessoas que não beijavam eram as consideradas diferentes (não um diferente ruim, mas diferentes);
  • Pegar recuperação na escola nunca foi certo, mas era muito comum e aula a tarde só no colegial;
  • Festas são para azarar e não necessariamente precisávamos ir com um acompanhante do outro sexo. Íamos com os amigos para se divertir e se rolasse uma paquera, podia beijar lá mesmo;
  • Colégios que ficam o dia todo existe, até, mas a maioria é meio período (manhã, tarde ou noite);
  • Estudamos numa sala só o dia todo e os professores entram na classe quando é o horário dele e não cada professor tem sua sala e os alunos se deslocam pra lá;
  • Os fofos do colégio não precisavam ter nada a vê com esporte, se tinham, sorte deles;
  • Líderes de torcida e ‘baile na escola’ não são comuns em colégios brasileiros!
É claro que é com essa visão que eu formei minha opinião, então, pra complementar esse texto, eu gostaria que vocês mandassem suas experiências escolares como eu fiz aqui em cima, em tópicos.