Cadê?
Cadê as manas pra fortalecer? Quando pego o microfone, os manos darem as costas já to acostumada Mas das minhas manas, não esperava essa paulada. Sororidade é tá ali incondicionalmente Aplaudir e gritar, vibrar alegremente Empoderamento é dar pro outro o poder Ninguém já é tão poderosa que só precisa aparecer Quando viram as costas, aquela vibe muda Vai subindo aquela angústia, quase fico muda. Tô ligada que ninguém tem nenhuma obrigação, mas ao menos não me venha com aquele sorrisão.
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Me faz questionar se o problema sou eu que não tô pronta Ou se elas que ainda não se deram conta Cada mulher ali na frente valorizando a outra CONTA.
Cadê as manas que comentaram que estaria presente? Cadê as minas, ali na frente? Na hora de ouvir os manos improvisarem: “do caralho” Mas não estavam na apresentação do meu trabalho Não tem desculpa, bater palma e olhar pra artista no fim de cada canção É o que faz sorrir nosso coração.
Eu bem vi as manas que tão sempre ali Pulam, cantam, fazem barulho pra eu ouvi Bem........ Até parece que tô valorizando mais as que não ficaram até o fim Do que aquelas que ouviram e sorriram pra mim, Eu valorizo! Não quero que essa imagem se concretize Na verdade, são elas que vão fazer que a ferida cicatrize. Agradeço a cada homem e mulher ali no galpão Que ouviu minha alma em livre expressão. Confio plenamente na minha arte Dispersar o público também faz parte. Bom pra saber quem valoriza meu trampo que tá longe de ser só um esboço. Minha carreira, meu suor e esforço. Ninguém é tão empoderada que vive só de espaço Mas vou criando meu público passo a passo. Dos macho, o boicote previsto tava Mas confesso que das minas, não esperava Feminismo, apoiar a mana, é questão de consciência, No mais, vou seguir de qualquer maneira expressando minha essência.