Às vezes, para expandir nossa consciência, precisamos ir à lugares sombrios, nos colocar em posições desconfortáveis. Hoje você vai saber o que aconteceu quando eu parei de brincar do jogo do contente de Pollyana e comecei a brincar de “do contra” (em relação ao que eu  acredito), colocando a responsabilidade da minha "crise pessoal" no governo, adorando permanecer na merda quentinha de uma vida mais ou menos.

Aviso: esse texto pode fazer você querer sair da cadeira de vítima, assumir responsabilidade pela felicidade e mudar sua vida!

Dias desses, no auge da minha arrogância, ao meditar, tive medo de me iluminar. Estava na praia e tinha acabado de limpar e energizar meus chakras, me sentia leve e com a sensação de que eu poderia dominar o mundo, no bom sentido - como se eu pudesse voar ou salvar todas as pessoas vivas e não vivas. Meu chakra do terceiro olho estava latejando e entrei em contato com meus mentores pela primeira vez com o discernimento de que eram eles e não apenas minha imaginação.

Quando percebi que esse medo de me iluminar existia, entrei em meditação em busca da cura, aplicando o thetahealing. A princípio, veio foi minha prepotência - tô me achando iluminada? Ainda estou longe, minhas limitações do ego são muitas. Eu ainda tenho minhas crenças para trabalhar. As coisas acontecem em seu devido tempo e a iluminação, só de existir o medo, já não me era uma possibilidade próxima.

De qualquer forma, com o terceiro olho apitando, meus mentores se apresentando e minha busca pela cura e me perguntei: qual o pior de ser iluminada? Por que eu tenho tanto medo? A resposta foi direta. "Se eu me iluminar, as pessoas podem achar que eu estou louca". Segui no processo de investigação de crença e, por um instante, questionei meu caminho, minha "loucura",  afim de expandir minha percepção.

No início desse processo, pensei: "devo estar ludibriada, deve ser mentira, felicidade e paz inteiror não existem. Num mundo como o nosso, as pessoas nesse caminho estão vivendo uma ilusão". Lembrando dos assuntos populares das redes sociais, notei que a crise financeira que assola o Brasil está prejudicando muita gente. Entrando no jogo, me coloquei no lugar de pessoas que realmente estão colocando a culpa da crise no governo - fiz isso com o máximo de empatia e sinceridade que consegui.

A primeira coisa que me veio foi que essa crise já está me pegando e eu estava cega, pois não sinto falta de nada! Porém, meus ainda me ajudam quando eu passo perrengue, então não posso dizer que estou totalmente próspera.

Afinal, estou passando por um recomeço de vida, uma virada que eu não esperava e ainda não estou conseguindo prosperar. Pensei, então, que seria melhor se eu abandonasse o meu trabalho de luz como escritora e terapeuta Thetahealer e voltasse a morar com meus pais e trabalhar num escritório das 8h às 18h em busca de estabilidade em São Paulo, na capital das oportunidades empresariais.

A verdade é que eu nunca conheci uma pessoa que tivesse tesão em trabalhar para os outros nessas condições, ganhar relativamente pouco e cumprir um horário que não corresponde com suas próprias necessidades. Mas, em nome da proteção na crise que assola o Brasil, deveria fazer, abrir mão da minha felicidade atual (já que ela era ilusão), para evitar ficar pobre e perder o "pouco" que tenho. Melhor seria viver na defensiva, assim eu sempre que um problema aparecesse, eu estaria pronta para a guerra - confesso que foi um pouco difícil imaginar esse cenário, mas eu estava me colocando no lugar de pessoas que vivem com medo de tudo, de pessoas que ainda não descobriram o amor e que o mundo e a natureza nos oferece tudo que precisamos para viver de forma abundante.

Coloquei a culpa no PT, então, de eu estar passando por uma "crise financeira pessoal". Fiquei com raiva, me senti oprimida. Não importa se eu estou acordando cedo todos os diae, me esforçando muito, a prosperidade está demorando para aparecer porque não tinha como ser diferente, visto que a situação do País é miséria generalizada .

Segui minha brincadeira de "do contra" e pensei nas pessoas que dizem viverem seus propósitos e com a vida que sempre sonharam - incluindo prosperidade em tempos de crise. Comecei a desconfiar delas e pensei que seriam elas que me iludiram, apenas para vender seus produtos. Afinal, no meio do uma crise tão forte, elas só podem estar fazendo algo ilícito, serem mal caráter e bandidas para conseguirem tanto dinheiro.

Com a mente de alguém que estava no medo, desconfiei de tudo e de todos e pensei que meu trabalho como terapeuta e escritora não poderiam dar certo, afinal, com a crise, ninguém iria se consultar comigo, muito menos comprar meus livros.

Segui a brincadeira e diminui a quase zero minha fé no universo, me sentindo iludida por todos os livros que li, cursos que fiz, pessoas com quem troquei informações e, o mais difícil, minha própria experiência. "Só poderia ser coisa do diabo", como dizem algumas pessoas. Comecei a concordar com elas. Também, por alguns momentos, resolvi desativar o Gabitopia e parar de gravar a série de vídeos sobre gratidão que estou fazendo desde o dia primeiro, pois estava assumindo que a magia não existia. Senti um aperto no coração e assumi que eu estava iludindo a mim mesma, há anos.

Quem iria se me procurar e pagar por sessões de autoconhecimento no meio da crise? Melhor eu ir trabalhar num escritório, num call-center, numa loja. Mais garantido.

Percebi que, por causa do atual governo, não consegui prosperar financeiramente. Colocar a culpa em algo externo foi extremamente confortável, tirando a raiva e sentimento de opressão que senti, pois isso evitaria de me iludir ainda mais achando que minha realidade é construída por mim mesma, de acordo com minhas crenças. Afinal, isso não era verdade, as coisas ruins acontecem indepentemente do nosso estado interno, de acordo com essa linha de pensamento.

Não demorou muito esse processo, embora tenha acontecido tudo isso. Abri os olhos e o sol estava se pondo. O céu acima de mim estava limpo e no horizonte as nuvens formavam uma linda obra de arte.

Sorri. Na hora, uma leveza me dominou. O amor incondicional que eu aprendi a perceber gritou no meu coração, a frase "eu acredito em fadas! Acredito! Acredito" ecoou em minha mente durante alguns instantes. Não é religião, mas é fé. É fé no Universo e no meu próprio potencial.

A verdade é que a gente não pode ser enganada por ninguém se tivermos fé em nós mesmos, se nós irmos a fundo em nossas sombras. Existem, sim, pessoas que passam por "spiritual bypassing", e é algo a se observar, mas se as emoções não são reprimidas, se para cada situação negativa conseguimos reverter com a cura, com o amor por si, não há desvio, é o processo espiritual natural.

Somos seres humanos e sentimos de tudo!

Em relação a colocar a culpa no governo, eu ri. Lembrei que a única forma de eu conseguir fazer isso de verdade seria colocar nas mãos de outras pessoas minha felicidade e prosperidade.

Nesse caso, eu iria seguir na minha zona de conforto, pois assumindo que a crise me atingiria de qualquer maneira seria a desculpa ideal para não ir fundo em minhas próprias limitações, assumir que talvez eu gaste demais, talvez seja irresponsável ou, pior, não tenha descoberto meus talentos verdadeiros e minha missão de vida, meu propósito. Talvez, culpando os outros pela minha situação, eu não precisasse encarar e corrigir o que me faz realmente sofrer, minhas maiores tristezas, fraquezas e decepções. 

E olha que fazer isso nem precisaria estar, necessariamente, num caminho espiritual, bastaria sair a cadeira de vítima (adoro! É muito confortável!!!!) e assumir a responsabilidade por tudo que tem a ver com ser, a cada dia, a melhor versão de mim mesma.

Não me importo em trabalhar das 8h às 18h, aliás, confesso que nos últimos tempos tem sido exatamente isso que eu faço, sem direito em férias e fim de semana, muitas vezes fazendo hora extra.

A real é que a prosperidade ainda não havia batido na minha porta porque eu tinha inúmeras crenças relacionada a dinheiro, sucesso e propósito de vida. Eu tinha medo de ser rica, de ser linda, de ser bem sucedida, medo de me expor, medo de tudo, assim como todos os seres não iluminados.

Mas assumi essa responsabilidade para mim: são as minhas crenças, as minhas escolhas que me fizeram ter menos dinheiro um dia. E o dinheiro é questão de tempo, pois já me sinto próspera e bem sucedida. Quem está conectado com o amor, sente a abundância na natureza, se sente rica ao estar em paz apreciando o pôr-do-sol.

Como trabalhadora da luz, me dedico a ajudar qualquer pessoa que me disser que quer ser sua melhor versão. Com a técnica que aprendi para encontrar as crenças que estão bloqueando a pessoa a viver todo seu potencial, com compaixão e respeito, ajudo as pessoas a saírem desse paradigma do medo que descrevi acima.

Com gratidão e humildade, sabendo que não sou melhor que ninguém, apenas tenho essa missão. Enquanto ajudo, também sou ajudada.

Falando em respeito, tenho de sobra aqui. Respeito muito caso alguém não esteja preparado para dar esse passo fora de sua zona de conforto, sair do medo e se entrar no paradigma do amor. Não posso e nem quero curar ninguém que não queira, respeito o livre arbítrio. Ainda assim, meu amor por essas pessoas é infinito e torço para que sejam felizes indepente do caminho que escolherem - afinal, esse é apenas o MEU caminho, o que funcionou para mim (e outras pessoas que conheço).

Mas é uma questão de escolha. Esteja consciente das possibilidades, expanda sua consciência e veja se ainda quer seguir com o sentimento de raiva, opressão, medo, incapacidade de progredir, inveja por quem consegue, orgulho e todos os sentimentos considerados negativos que uma vida sem propósito pode nos levar. Eu já estive aí. Escolhi a luz.

Incentivo também a procurarem qualquer ajuda para reverem suas próprias crenças, mergulharem em suas sombras. Não necessariamente comigo ou com minha técnica.

A verdade é que eu nunca vi alguém feliz vivendo uma vida que não quer, com pessoas ao redor que não gosta, seguindo na zona de conforto.

Concordo que o governo está deixando a desejar em muitos aspectos e que a crise está aí, mas a pobreza no Brasil sempre existiu. Sempre. Os bancos seguem ricos. E, se você olhar ao seu redor, nem todos estão falindo, tendo menos clientes, deixando de gastar ou viajar. Apenas quem está no paradigma do medo, vivendo com medo de ser atingido.

Tudo é uma questão de percepção e estado inteiror, sim. Quanto mais nos alimentos noticias e informações sobre a crise, mais próxima ela estará. Quanto mais nos alimentamos de informações sobre como desbloquear nossas crenças e viver todo nosso potencial em abundância, mais viveremos na prosperidade. A física quântica explica.

Ninguém tem o poder de me fazer me sentir menor se eu não der permissão,  essa é a verdade, a minha. Talvez, se você admitir que quer ser genuinamente feliz "custe o que custar", você perceba que está na hora de sair da merda quentinha, que é um lugar  até gostosinho, mas ainda assim é uma merda.

E se vão me julgar depois desse relato? Pode ser. A verdade é que tinha medo de ser taxada de louca, de ingênua. Mas, ao mesmo tempo, já me falaram isso na minha cara, sobre a ingenuidade. As pessoas acham mesmo que eu vivo no mundo de Pollyana.

E não me importo, não mais. Não tenho mais medo, não tenho mais medo da iluminação (principalmente porque estou bem longe).

Prefiro ser olhada sob esse ponto de vista e sentir esse amor, ir fundo nas minhas próprias crenças e desbloquear todo meu potencial e ser plena, sentir a felicidade verdadeira diariamente, a viver em um mundo em que temos medo do que as pessoas vão pensar; medo de ficar sem dinheiro; medo de alguém roubar o que nos pertence; medo... medo... medo.

Meu paradigma é do amor. O medo existe e parece que sempre vai existir enquanto eu não "chegar lá", mas ele não é mais protagonista. Assumo isso em troca dessa paz e felicidade que encontrei no meu caminho de autoconhecimento e responsabilidade sobre minha própria vida.

A cadeira de vítima não me pertence mais, a não ser quando eu faço isso conscientemente para expandir minha consciência e me colocar no lugar de outras pessoas. 

E isso não é apenas sobre essa questão, é sobre tudo. Aquela pessoa que te incomoda não tem o poder de te incomodar, algumas situações não  vão mudar... Nós que precisamos, pelo nosso próprio bem, assumir uma postura menos reclamona, mais resiliênte e positiva. Pra tudo em nossa vida.

Você pode começar parando de reclamar e agradecendo mais. Para isso, acompanhe as dicas dos ♡ 28 dias de Gratidão ♡:

http://www.youtube.com/playlist?list=PLTXNRIck2L1BI1Hns_PPRRiUseUw0B28O

Já não sei mais como é pegar ônibus lotado todos os dias e culpar os outros pelos meus problemas. E é bem divertido. Se quiser viver também o seu maior potencial, entre em contato comigo ou com qualquer profissional de desenvolvimento pessoal. A gente ajuda,  mas resposta estará em você.

Obs.: se alguém ler isso e achar que estou sendo debochada com sua opinião, não estou. Estou mostrando que há alternativas.

Estou me expressando e espero que você me julgue! Comente aí embaixo o que pensa disso tudo. Não precisa medir as palavras, aceito qualquer comentário 🙂 quero ir mais a fundo no meu lado sombra e desbloquear ainda mais crenças negativas limitantes!

 

Logo após escrever esse texto, recebi a notificação de uma série de vídeos da Flavia Melissa, uma das youtubers que me inspira. Se liga em um deles, como tem a ver:

https://youtu.be/8yl-tsSt9dw