Esse deve ser o texto mais chato que alguém já leu aqui, mas é - com certezagueiro absoluta - um dos mais importantes para este momento.

Há 10 anos, estava no segundo ano do colégio, com 17 anos. O professor de português  (redação, gramática e literatura) ficaria no terceiro ano apenas com literatura e outra professora, a Ana Paula, ia ficar com a aula de redação. Para que ela pudesse nos conhecer e nós treinarmos, fizeram uma oficina.

Convocaram dois grupos: um grupo que já tirava nota alta, mas que precisava treinar mais pro vestibular, e outro que não eram muito aplicados e precisavam praticar. Eu fui escolhida nesse grupo.

No primeiro dia de oficina, a professora Ana Paula explicou para nós o que era uma crônica e nós teríamos que criar uma. Comecei a escrever basando-me no que estava vivendo naquela época, mas minha imaginação tomou conta de mim e me levou a escrever algo muito louco e sem pé nem cabeça.

Uma semana depois, voltei com o texto pronto e impresso, com o nome de Congraçando. A professora leu e elogiou, dizendo que se não tivesse visto eu começar a escrever em sala, ela teria achado que eu tinha copiado da internet. Mas não!  Era meu! Totalmente original e, se alguém viesse questionar, eu poderia dizer exatamente o que tinha por trás daqueles personagens. Hoje, 10 anos depois, me lembro de passagem.

Depois que a professora aprovou, quis mostrar para as pessoas. Foi até meio chato, sinto que até hoje que quem leu só leu porque era meu amigo ou amiga, ou familiar.l

 

A versão online passou por revisões, mas tentei manter bem original.